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Pacientes cardíacos podem fazer exercício

Pacientes cardíacos podem fazer exercício

Terça, 01 de Novembro de 2011

A clínica Cardiangra, criada em Angra do Heroísmo em 2007, avançou recentemente com um projeto de reabilitação para doentes cardíacos que será pioneiro na Região.
De acordo com a cardiologista Rute Couto, em causa está, em termos práticos, a criação de um programa de exercício físico para pacientes com problemas cardíacos, quer se tratem de pessoas que sofreram eventos recentes, como com situações de doença crónica.
"Muitos doentes já esgotaram a parte da intervenção e terapêutica médica e é positiva uma mudança de estilo de vida, com a introdução do exercício físico", adiantou.
"No caso dos doentes cardíacos existe sempre a primeira fase, que é hospitalar... A partir daí pode avançar este programa. Há um período de três meses com uma enfermeira com experiência em casos do género, Margarida Lourenço. O objetivo desta fase é fazer reabilitação física, porque alguns pacientes apresentam, por exemplo, problemas de mobilidade... Depois segue-se para uma segunda fase, a do programa de exercício físico propriamente dito, com o professor de Educação Física Gustavo Couto", especificou Rute Couto a DI.
Frisou ainda que os treinos são personalizados, isto é, individuais e não com base em aulas de grupo.
Para colocar no terreno o programa de exercício físico, a clínica dispõe de uma sala com equipamentos como uma passadeira ou uma máquina de remo, entre vários outros. Tendo em conta de que se trata de um serviço pensado para pessoas com problemas cardíacos, a condição física de cada indivíduo é cuidadosamente avaliada.
Quanto aos benefícios de introduzir exercício físico na vida dos pacientes com problemas cardíacos, Rute Couto referiu que no caso de doença coronária, facilita-se a revascularização e no da insuficiência cardíaca, há melhorias na condição física e na tolerância ao esforço. "Depois há outro aspeto, que também é importante, que são as melhorias em termos de autoestima", assinalou.
A clínica está a avançar também com um programa de exercício para pessoas obesas. Estarão a trabalhar nesta vertente, além do professor de Educação Física, uma dietista e uma nutricionista, sendo que o acompanhamento nutricional também pode ser prestado aos doentes cardíacos.

Fonte: Diário Insular